Mestre Zinho: 12 anos de muitas saudades
Por Rosiane Pedrosa: Economista e Produtora Cultural
Hoje, 31 de janeiro de 2022, fazem 12 anos que, em uma tarde de domingo, no Hospital Mario Kröeff, especializado no tratamento e prevenção do câncer, no Estado do Rio de Janeiro, onde havia sido internado, para tratar de um nódulo no pescoço, falecia, aos 67 anos, o cantor e compositor Erivan Alves de Almeida, nosso querido Mestre Zinho.
Mestre Zinho, esse forrozeiro danado de bom, alagoano, de Rio Largo (AL), que ficou conhecido nacionalmente quando passou a integrar trio de forró Os Três do Nordeste. Porém, impulsionado por suas asas de pássaro Rei precisou alçar voos mais altos e, em 1988, lançou-se em carreira solo, com participações importantes nos trabalhos de ícones do forró como Elba Ramalho, Dominguinhos, foi, inclusive, na época, considerado por Luiz Gonzaga como “o maior cantador vivo de forró”.
No entanto, por um desses desencontros que ocorrem durante a caminhada, Zinho partiu, antes do combinado, deixando seu legado de muito forró e muitas saudades, mas, como dizia o grande poeta português Fernando Pessoa “Saudades, só portugueses conseguem senti-las bem, porque têm essa palavra, para dizer que as têm.”
Então Mestre, como a Nação Forrozeira também fala português, vamos repetir que sentimos muitas saudades de vê-lo, em evolução, nos palcos das praça públicas, nos grandes eventos institucionais, e sentimos ainda mais saudades de ver sua performance nas casas de show onde se canta e dança forró, a exemplo do Forró do Cortiço, em Maceió, onde tivemos a felicidade de vê-lo, em outubro de 2009, quando se apresentou, infelizmente, pela última vez, no Estado de Alagoas.
A história do forró continua, como cultura, como super gênero musical, agora Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil e brevemente do Mundo, e você Mestre Zinho ajudou a construir essa história, por isso seu legado permanecerá para sempre.
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