José Lessa. Foto Karol Lessa
Um dia..Pronto!… Me acabo. Pois seja o que tem de ser. Morrer: Que me importa? O diabo é deixar de viver.”
Essa frase de Mario Quintana, grande poeta brasileiro, um dos meus preferidos, possibilita uma reflexão sobre o que é viver e finalmente morrer, traz a reflexão que morrer é nosso destino, o único definitivo e inevitável, não há o que se possa fazer para mudar esse roteiro, porém como viver esse destino, como escrever esse enredo, é a grande razão da existência, o que chamamos de sentido da vida , ou sentido para a vida, sem esse sentido, nos igualamos aos animais irracionais, que estão vivos, mas não têm absolutamente nenhuma consciência disso.
José Lessa. Foto: Karol Lessa
A vida então precisa ter causa e razão de ser, José Lessa Gama, foi uma dessas pessoas que soube dar sentido a sua vida, sempre movido por sonhos e ideais de igualdade e justiça social, ideais esses que o levaram a participar da política partidária, sempre enfileirando as agremiações políticas comprometidas com as causas justas, a exemplo do PCB, partido no qual militou durante toda sua juventude.
Foto: Karol Lessa
Afastando-se da política, deixou-se envolver totalmente pelo amor que sempre sentiu pela cultura popular, resgatando o tempo em que militando no Movimento Comunitário, organizava grupos de folguedos, Pastoril, Coco de roda, Reisado e Quadrilhas Juninas, sempre animadas pelos Trios de Forró, passando a estudar. com afinco, essa temática, escrever e colecionar obrar raras de diversos forrozeiros, em especial dos alagoanos, criando o site,forroalagoano.com.br para expor essas obras, resgatar e difundir o forró e seus intérpretes, trabalho que reforçou através da Associação dos Forrozeiros de Alagoas – ASFORRAL, que organizou, junto com Sandoval do Forró e outros artistas forrozeiros.
Homem de personalidade forte, caráter e princípios éticos e morais firmes, pelos quais lutou, afirmou e reafirmou, autodidata, foi meu grande Mestre, com ele tive o prazer de ler e debater muitas leituras sobre política, economia, romances, poesias, assuntos que muitas vezes amanhecíamos o dia conversando, no fundo do nosso quintal.
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